Ano bissexto é chamado o ano que tem 366 dias, ou seja, um dia a mais que o normal (365 dias), o dia 29 de fevereiro. O termo bissexto faz referência ao duplo seis na quantidade de dias desses anos (366). De acordo com a regra, no ano bissexto é incluído um dia extra no final do mês de fevereiro, que passa a ter 29
dias. Segundo as especificações definidas no calendário gregoriano, que é seguido atualmente, os anos bissextos acontecem em intervalos de quatro anos. No entanto, vale atentar para algumas observações importantes sobre o funcionamento dos anos bissextos: os anos seculares, por exemplo, não são considerados bissextos, com exceção daqueles cujos dois primeiros algarismos são divisíveis por quatro. Exemplo: 1600, 2000, 2400, etc. Os anos bissextos foram criados com o objetivo de regular o calendário anual com a translação da Terra, que tem um período um pouco maior que 365 dias. Assim, evita que os eventos sazonais relacionados às estações do ano sejam alterados, por exemplo. A Terra leva aproximadamente 365 dias e 6 horas para dar uma volta completa ao redor do sol. Ao multiplicar as seis horas restantes por quatro anos, obtém-se um dia inteiro que, teoricamente, seria descontado e
afetaria a sincronia entre o calendário terrestre e os eventos sazonais ao longo do tempo. Com o objetivo de ajustar esse erro, que a cada quatro anos é acrescentado um dia no calendário. Inicialmente, o ano bissexto foi criado em 238 a.C, e instituído por Ptolomeu III no Egito. Porém, ao longo dos anos, as regras que definem o ano bissexto sofreram muitas alterações. Apenas a partir de 1582, com a definição do calendário gregoriano (pelo Papa Gregório XIII), o modelo que é
visto atualmente passou a vigorar.O que é o Ano bissexto?
Por que e quando o ano bissexto foi criado?
Veja também o significado do Calendário gregoriano.
Próximos anos bissextos
O último ano bissexto foi o ano de 2020 e os próximos anos em que fevereiro terá 29 dias são:
- 2024
- 2028
- 2032
- 2036
- 2040
- 2044
Saiba mais sobre o significado de bissexto.
O ano bissexto acontece a cada quatro anos e tem duração de 366 dias, diferentemente dos demais que têm 365 dias. A inclusão de um dia foi feita para aproximar o calendário ao movimento de translação da Terra, tempo que o planeta leva para dar a volta no Sol, que é de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Essas horas que ultrapassam os 365 dias são compensadas a cada quatro anos, no dia 29 de fevereiro.
O ano bissexto foi adotado na ditadura de Júlio César, cerca de 50 anos a.C., na Roma Antiga, para ajustar o ano civil ao ano solar. No entanto, a escolha do dia 29 de fevereiro para ser acrescido a cada quatro anos só passou a vigorar em 1582, com o calendário gregoriano.
Veja também: Movimentos da Terra: quais são, características, efeitos
Tópicos deste artigo
- 1 - Como surgiu o ano bissexto?
- 2 - Calendário
juliano
- Origem do termo “bissexto”
- Por que fevereiro tem menos dias?
- Ano da Confusão
- 3 - Calendário gregoriano
- 4 - Como são calculados os anos bissextos?
Como surgiu o ano bissexto?
Uma lenda dizia que o primeiro calendário romano tinha sido criado por Rômulo, o fundador de Roma, contando com 304 dias divididos em 10 meses. Posteriormente, o sucessor de Rômulo, Numa Pompílio, criou um novo calendário em que o ano era composto por 355 dias, acrescentando-se dois meses à contagem.
O calendário romano passou a ser luni-solar e teve a adoção de um mês extra, chamado de mensis intercalaris, a cada dois anos para que houvesse o alinhamento com o ano solar. No modelo instituído por Numa Pompílio, o ano começava em março e terminava em fevereiro.
Cada mês dividia-se em três períodos:
- Calendas: primeiros dias do mês
- Nonas: meio do mês
- Idos: últimos dias do mês
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Calendário juliano
Séculos depois, com a diferença entre o calendário da época e o ano solar, o ditador romano Júlio César solicitou ao astrônomo Sosígenes que encontrasse uma maneira de diminuir tal disparidade. Sosígenes baseou-se no que foi adotado pelos egípcios e definiu 365 dias regulares e um adicional a cada quatro anos, criando, assim, o calendário juliano.
O calendário juliano dividiu os 365 dias em 12 meses e, por não ser uma divisão exata, alguns meses ficaram com 30 dias e outros com 31. Algumas regras definidas pela Astronomiaforam adotadas, como cada mês abranger as quatro fases da Lua.
Com o fim da adoção dos anos intercalares, o primeiro e o último mês do calendário juliano passaram a ser janeiro e dezembro, respectivamente. Além disso, as estações do ano passaram a ter datas definidas para início: oitavo dia antes do início dos meses de abril, julho, outubro e dezembro.
Origem do termo “bissexto”
Como a contagem dos dias era feita de forma regressiva: faltam três dias para as calendas, por exemplo, o dia adicional do ano bissexto foi incluído em fevereiro, conforme a determinação de Júlio César: 'ante diem bis sextum Kalendas Martias', termo em latim que significava a repetição do sexto dia antes das calendas de março (1º de março), “repetindo” o dia 24 de fevereiro, daí a origem da palavra bissexto (duas vezes seis).
Por que fevereiro tem menos dias?
Após a morte de Júlio César, o senado romano decidiu homenagear o imperador, alterando o nome do mês Quintilis, que tinha 31 dias, para Julius (julho). Posteriormente, a fim de homenagear o imperador César Augusto, o mês de Sextilis passou a chamar-se Augustos (agosto), porém esse mês possuía apenas 30 dias e para que ambas as homenagens fossem igualadas, decidiu-se acrescentar um dia em agosto.
Para que isso fosse possível, a solução foi retirar um dia do mês de fevereiro, que já tinha uma data a menos, por conta da repetição em anos bissextos. Assim, fevereiro ficou com 28 dias em anos comuns e 29 (com repetição do dia 24) em bissextos.
Ano da Confusão
O calendário juliano foi adotado, mas ainda havia uma diferença de 80 dias em relação ao ano solar. Para solucionar o problema da contagem, Júlio César determinou que o ano 46 a.C. tivesse 455 dias, o que rendeu ao período o nome de Ano da Confusão.
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Calendário gregoriano
Em 1582, o Papa Gregório XIII fez mudanças para que a diferença entre a duração do ano e o calendário fossem minimizadas, esse calendário ficou conhecido como gregoriano e é o que utilizamos até hoje.
A reorganização das datas mudou o dia adicional dos anos bissextos de 24 para 29 de fevereiro. Além disso, assessorado pelo astrônomo Christopher Clavius, o papa determinou que o dia posterior a 4 de outubro de 1582 fosse 15 de outubro, supressão de dias que ficou conhecida como “dias que nunca aconteceram” ou “dias perdidos”, diminuindo a diferença de 11 dias que havia sido gerada desde o período juliano para que o calendário pudesse ser ajustado.
Como são calculados os anos bissextos?
O primeiro cálculo dos anos bissextos foi definido no período juliano. O astrônomo responsável definiu que um dia fosse acrescentado ao mês de fevereiro a cada quatro anos. Após a morte de Júlio César, nem todos os anos bissextos foram de quatro em quatro anos, alguns ocorreram a cada três, o que gerou um excesso de dias. Para contornar o excesso de dias criados pela contagem incorreta, o imperador Augusto César determinou que entre 12 a.C. e 8 a.C. não houvesse a presença de anos bissextos no calendário juliano.
Com a mudança para o calendário gregoriano, adotou-se o cálculo de que anos bissextos seriam os divisíveis por quatro e, para evitar mais diferença com o ano solar, a conta incluiu que os anos terminados em 00 (múltiplos de 100) só seriam bissextos se o resultado da divisão por 400 fosse exato.
O cálculo é o seguinte:
→ O ano é divisível por 4 quando é possível dividir sua dezena por 4:
2020 = 20 ÷ 4 = 5, ou seja, 2020 é um ano bissexto
Com isso, os próximos anos bissextos divisíveis por 4 serão 2024, 2028, 2032, 2036, 2040, 2044, 2048, 2052.
→ E sobre os anos terminados em 00?
400 ÷ 400 = 0 => 400 foi um ano bissexto
500 ÷ 400 = 1,25 => 500 não foi um ano bissexto
Por essa regra, o próximo ano terminado em 00 que será bissexto é 2.400.
Por Lorraine Vilela
Equipe Brasil Escola